A entrevista de hoje é com a banda Age of Artemis, que, apesar de recente, apresenta um imenso potencial de tornar-se uma das grandes bandas de Power Metal nacional, inclusive no exterior. A conversa foi com o Vocalista Alirio Netto, que fala sobre o primeiro disco, que teve produção do Edu Falaschi, e demais aspectos musicais em nosso país. Completam o Age of Artemis Nathan Grego (Guitarra), Gabriel Soto (Guitarra), Giovanni Sena (Baixo) e Pedro Senna (Bateria).
Vicente: A Banda é relativamente recente, tendo sido formada em 2009. Como vêem a trajetória do Age of Artemis até este momento?
Acredito que pelo pouco tempo de estrada o Artemis tem conseguido um reconhecimento de público e critica excelentes, o que para um primeiro trabalho é algo realmente diferenciado se olharmos a situação atual do mercado.
Vicente: Vocês lançaram ano passado “Overcoming Limits”. Como foi a gravação e a repercussão na mídia especializada?
O cd foi gravado no Norcal Estudios em Såo Paulo com produção do Edu Falaschi (ex Angra e vocalista do Almah).
Por conta da produção do Edu a banda chamou muita atenção da mídia especializada, pois nem toda banda tem essa condição de trabalho logo no primeiro CD, isso também aumentou muita a responsabilidade do Ártemis, que não se intimidou e colocou toda sua energia nesse projeto.
Vicente: E o mais importante, a reação dos fãs ao material?
Tivemos a oportunidade de tocar de Norte a Sul do país sempre com uma resposta incrível do público, que, mesmo sem conhecer as músicas, participou de forma surpreendente de todos os shows que fizemos até agora.
Vicente: O disco foi produzido pelo Edu Falaschi. Como foi trabalhar com ele?
O Edu é meu amigo há muitos anos, isso facilitou todo o processo de gravação, não estive envolvido na pré-produçåo, pois me juntei à banda pouco antes de entrarmos no estúdio por indicação dele. Independente disso, posso afirmar que todos nós somos muito gratos a ele por ter emprestado seu talento e dedicação nesse projeto.
Vicente: A capa do disco ficou muito legal. De quem foi a ideia e quem fez a arte?
A arte foi do Gustavo Sazes, que já tem um reconhecimento muito grande no mercado, ele desenvolveu a capa em cima do nome do CD “ Overcoming Limits” que tem tudo a ver com as dificuldades que a banda enfrentou desde o principio, pois houveram muitas trocas de integrantes, atrasos que sempre acontecem na gravação de um CD, etc…
Vicente: Vocês lançaram também um videoclipe para a música “Take me Home”, que é uma balada muito bonita. Como foi a gravação?
Nesse videoclipe tivemos a sorte de trabalhar com o Tércio Garofalo, que e um diretor brasileiro radicado nos Estados Unidos, quando mostrei a musica pro cara ele pirou, me perguntou sobre a história da letra e no outro dia já tínhamos 3 ideias diferentes de roteiro para o clipe.
Todas as locações são em Brasília, gravamos uma cena numa das avenidas mais movimentadas da cidade em um Domingo às 6 da manhã. Outra cena foi gravada em um cemitério, outra em um estacionamento e até um carro capotado entrou na parada. O Tércio teve a sensibilidade de sintetizar a história da música de uma forma muito clara, mas com um espaço para que as pessoas pudessem se identificar com a história.
Vicente: Já tem um novo disco sendo planejado?
Já temos algumas ideias muito boas para o próximo CD, mas tudo muito no início ainda. Acredito que em 2013 teremos um álbum novo saindo do forno.
Vicente: Como avalia o cenário para as bandas nacionais nesse momento? Há mais espaço para divulgação e realização de shows, ou não houve nenhuma mudança substancial nesse sentido?
No Heavy Metal ainda é tudo muito complicado, tirando alguns festivais e produtores realmente profissionais, a grande maioria dos eventos são muito mal organizados, sem estrutura para as bandas e para o público.
Precisamos urgentemente de uma mudança de mentalidade nesse setor, para que ambos, banda e público, tenham condições de trabalhar e se divertir dignamente.
Vicente: Quais são as músicas que o pessoal normalmente pede para que toquem nos shows?
“Truth in your Eyes” , “Take me Home” e “One Last Cry” são sempre muito bem recebidas e pedidas nos shows.
Vicente: Quais são as suas principais influências?
Freddie Mercury, Steve Perry, Gleen Hughes, Dio, Edu Falaschi, Sammy Hagar, Sebastian Bach, Stevie Wonder, gosto muito de musicais da Broadway também.
Vicente: Em poucas palavras, o que acham das seguintes bandas:
Almah: O Almah lançou o melhor CD dos últimos tempos no país que foi o “Motion”, fora que o Edu é um dos meus cantores preferidos.
Dark Avenger: Essa banda merecia um reconhecimento maior, pois tem um dos maiores cantores do país.
Helloween: Clássico, é impossível não gostar.
Gamma Ray: Prefiro o Helloween.
Dream Theater: Uma de minhas bandas preferidas.
Vicente: Uma mensagem para os fãs e amigos que curtem o trabalho do Age of Artemis e para aqueles que gostariam de conhecer melhor seu som e apostam no Metal Nacional.
Gostaria de dizer a todos que foram aos shows, compraram o CD, e divulgam a banda pela internet ou mesmo pelo boca a boca que sem vocês nada disso teria sentido.
Muito obrigado!
Alirio Netto.
Link Clipe “Take Me Home”: http://www.youtube.com/watch?v=X64o_TThWp0